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Entre os dias 14 e 16 de outubro, produtores rurais de Presidente Figueiredo terão a oportunidade de aprender a identificar e prevenir a entrada da vassoura-de-bruxa da mandioca, uma praga fúngica que já atinge lavouras nos estados do Amapá e Pará e que preocupa especialistas da área agrícola por sua capacidade de danificar plantações inteiras.
A programação começa na segunda-feira (14), com uma reunião aberta às 8h no auditório do Sebrae local, onde agricultores, técnicos e representantes de comunidades indígenas receberão informações sobre os riscos da doença, formas de contágio e como proceder em caso de suspeita.
Nos dias seguintes (15 e 16), a ação segue para a Ilha do Natan, na comunidade Rumo Certo, com um dia de campo voltado à orientação prática. Técnicos vão percorrer áreas de cultivo de mandioca e conversar diretamente com agricultores, reforçando os sinais que devem ser observados e os cuidados a serem tomados.
“Estaremos em contato com os agricultores, visitaremos plantações de alguns deles e o intuito é conscientizar o máximo de agricultores sobre essa nova praga, que entrou no país e que não está presente no estado do Amazonas”, explicou o engenheiro agrônomo Acássio Eugênio.
A vassoura-de-bruxa da mandioca é causada por um fungo que provoca deformações nos ramos da planta, deixando-os secos e com aparência semelhante a uma vassoura — daí o nome. Por comprometer diretamente a produção da raiz, a praga representa uma ameaça à segurança alimentar e à renda de famílias agricultoras, especialmente em comunidades que têm a mandioca como base da alimentação e da economia.
A orientação é clara: não transportar mudas, ramas ou qualquer tipo de material de propagação vegetal vindo de áreas afetadas, como o Amapá e o Pará. O alerta é para evitar que a praga se instale no Amazonas, onde ainda não há registro da doença.
Caso agricultores encontrem sinais semelhantes em suas plantações, a recomendação é não manusear o material por conta própria e informar imediatamente os canais de atendimento.
“Orientaremos os agricultores sobre os sintomas da praga para que, se eles identificarem algo parecido nas suas propriedades, notifiquem o quanto antes a Adaf para que possamos ir nas suas plantações e realizar as medidas fitossanitárias cabíveis de forma a identificar ou não a presença de possíveis focos dessa praga aqui no nosso estado”, reforça Acássio.
Para ampliar a capacidade de resposta local, técnicos que atuam na região foram capacitados pela Embrapa no último dia 8, em treinamento voltado ao reconhecimento da praga e aos procedimentos de coleta de amostras. A capacitação foi conduzida pelo fitopatologista Hermínio Souza Rocha, referência nacional no tema.
Com informações da Assessoria*
Por Victoria Medeiros, da Redação
Fotos: Divulgação/Adaf